quarta-feira, 23 de setembro de 2009

NÃO É LIXO

Grande parte do material jogado fora no dia-a-dia tem mercado para reciclagem, principalmente as embalagens de alimentos. Veja quais são os mais importantes e como são aproveitados no Brasil

Pouco adianta a implantação de programas de coleta seletiva de lixo se não há mercado para a reciclagem dos materiais. Apesar das iniciativas conhecidas hoje no Brasil serem pontuais, novas experiências aparecem a cada dia e, com isso, o mercado também vai se expandindo aos poucos. Um bom exemplo desse fenômeno são as embalagens cartonadas (caixinhas tipo "longa vida"), que até pouco tempo estavam estocadas no centro de triagem da Comcap porque não havia empresas interessadas na compra do material - apesar de existir tecnologia para reciclagem. Há cerca de três semanas, o estoque foi adquirido pela empresa Novak, com sede no Sul do Paraná, que recicla o material.

"Mesmo que haja grande variedade de materiais, sempre se arruma uma utilidade para eles", considera o professor Sebastião Rogério Soares, do Laboratório de Pesquisa em Resíduos Sólidos (Lareso) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo ele, são necessários mais investimentos na área de pesquisa para que se obtenha melhor tecnologia para o aproveitamento do material - o Lareso, por exemplo, está estudando técnicas de separação dos plásticos, um dos maiores empecilhos enfrentados atualmente para a reciclagem.

Os potenciais de aproveitamento de dez materiais utilizados cotidianamente pelos brasileiros foram pesquisados e sintetizados em estudo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos que realiza trabalhos para promover a reciclagem no Brasil. O estudo está disponível pela internet na homepage http://www.cempre.org.br. A seguir apresentamos uma síntese desse material e a atual situação no mercado da região.

Plástico filme (sacos plásticos)

A maior limitação para a reciclagem de plásticos é a diversidade das resinas com que são produzidos, o que pode criar problemas na hora do reaproveitamento industrial. Como a identificação de algumas delas é difícil a olho nu, a maioria dos métodos de seleção utiliza a observação do material durante a queima. O setor que reúne os fabricantes tem adotado uma padronização com símbolos para facilitar a identificação.


http://www1.an.com.br/

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